Galiotte explica procura do Palmeiras por reforços e detalha finanças: “Temos de ter equilíbrio”

O presidente Maurício Galiotte explicou a atuação do Palmeiras no mercado de transferências. Com apenas um reforço contratado para a temporada de 2021 até o momento, o dirigente voltou a ressaltar sua preocupação com a saúde financeira do clube.

Além do meio-campista Danilo Barbosa, o Verdão já buscou alternativas para o plantel de Abel Ferreira, principalmente para o ataque. Nenhuma das negociações mais recentes, porém, foi concretizada.

Importante falar ao torcedor. Todos os times no mundo precisam de reforços, o Palmeiras não é diferente. O fato é que contratar não é tão simples. Precisamos de algumas avaliações. Primeiro temos de entender onde está a carência. Depois desta análise, vemos se nas categorias de base temos jogadores para atender a demanda. Então vamos ao mercado e aí precisamos de muita responsabilidade. Vocês veem exemplos de vários clubes no Brasil que acabam fazendo coisas em termos de investimento e comprometem o clube por vários anos”.

Disse Galliote à rádio 9 de julho

Principalmente por causa da conquista da Libertadores, confirmada em janeiro, o Verdão apresentou superávit de R$ 58,9 milhões no primeiro bimestre de 2021. A projeção do clube, porém, é de mais uma temporada de dificuldade financeira, igualmente ruim ou até pior que a de 2020.

Precisamos de responsabilidade financeira, o gestor precisa ser responsável. Eu também sou torcedor, quero um time imbatível também. Mas temos de ter equilíbrio. O gestor é torcedor. O torcedor não necessariamente é gestor, ele quer ganhar. Nós também, mas temos de ter ponderação. Estamos ainda atravessando um momento delicado, de pandemia. O Allianz Parque está fechado, caíram Avanti e o número de sócios no clube, o que é natural pelas dificuldades. É um grupo ainda de qualidade, o mesmo que conquistou títulos na temporada passada. Temos de pensar em melhorar, em algo mais. Em ter sempre um time melhor do que o de hoje. Seria muito simples, faltam seis meses para acabar meu mandato. Sair contratando seria irresponsável de minha parte, porque criaria um problema para o Palmeiras. A situação financeira é delicada”.

Afirmou Maurício

Além da queda de receitas motivada pela pandemia, o Verdão tem dívidas de gestões anteriores a serem pagas. Uma delas, o acordo de quase R$ 50 milhões pela contratação do meio-campista Wesley, em 2012.

Fonte – ge/São Paulo

Fotos: Cesar Greco e Marcos Ribolli (ag. Palmeiras)

Paranavaí 17/06/2021