Número de atletas estrangeiros e de gols marcados por eles são recordes em Brasileirões

Não é só o argentino Germán Cano! Pela primeira vez desde 1972, o Campeonato Brasileiro deve ter um artilheiro estrangeiro, e Cano, do Fluminense, encerrou a 36ª rodada na liderança dos maiores goleadores com 24 gols. Mas não para por aí: o terceiro colocado da artilharia, com 18 gols, também é argentino, Jonathan Calleri, do São Paulo, e, no total, dos 92 estrangeiros que foram relacionados para as 360 partidas, 42 conseguiram marcar 160 gols nesta edição do Brasileirão, disparada a maior marca estrangeira coletiva em Brasileirões.

O crescimento no número de estrangeiros ajuda a explicar a alta no número de gols, sem dúvida, mas a eficiência deles ficou muito acima do padrão. O recorde anterior era de 120 gols de estrangeiros, em 2019. Neste ano, o número de gols feitos por eles foram 33% maior. Em 2019, havia 66 estrangeiros na Série A, mas 37 deles fizeram gol. Neste ano, 42 marcaram, um crescimento de apenas 14% na quantidade de estrangeiros que fizeram gol.

Até a 36ª rodada deste ano, o percentual de estrangeiros frente ao total de atletas relacionados era de 12,9%, mas a influência deles nos gols marcados chegou a 18,9%. Grosso modo, de cada dez gols, dois foram feitos por estrangeiros. Desde 2003, é a primeira vez que a influência estrangeira nos gols marcados no Brasileirão é superior a 14%.

A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Leonardo Martins, Roberto Maleson e Valmir Storti.

Na foto, Calleri e Cano.

Por Gusthavo Macedo e Valmir Storti — ge/Rio de Janeiro

 Foto: Info esporte

Paranavaí 09 de novembro de 2022