Presidente do Atlético Paranavaí “não quis me vender”, confessou Milico

12 de julho de 202013 de julho de 2020 José Carlos 1022 Views

O zagueiro paranavaiense Almir Fachin, o popular Milico, 59 anos, 1.86m, iniciou nas categorias de base do Atlético Clube Paranavaí no ano de 1978, em 1980 já era profissional, ele disse que a Platinense veio para comprar o passe dele, mas o presidente Cezar Borin, não quis vender.

Joguei no ACP até 1984, quando o ACP deu uma parada. Fui emprestado na época do Cezar Borin e Nico Vendramin à Platinense, fiquei lá um ano, os dirigentes vieram para comprar meu passe, e reemprestar o Roberto Alves (era de Santo Antônio da Platina e estava no ACP), não houve acordo com o Cézar, era época do contrato de gaveta, eles acharam que não era viável minha venda”.
Falou Milico

Milico analisou os três irmãos atletas: Django (batia mais que ele na zaga), Chila (outro que não dava moleza para os atacantes) e Valdir (goleiro, apelido Mão de Quiabo) e duas irmãs.

Acabei sendo emprestado para o Vox de Assis onde disputei o Paulista da Série A 3, depois voltei para Santo Antônio da Platina, em seguida fui para Francisco Beltrão. Quando estava em Assis minha mãe faleceu e meu pai ficou doente, em seguida ele repartiu os bens em vida, aí fiquei de sócio com meus irmãos. Eu já tinha 30 anos, pensei bem, se eu não ganhei dinheiro e nem fiquei rico no futebol até agora, não vai ser de agora em diante que vou ficar rico, foi quando resolvi parar, depois joguei na categoria Amador, fui campeão em vários lugares”.
Disse o zagueiro

APELIDO – A família morava em um sítio, quando um padrinho do atleta de apelido Milico estava chegando, Almir via de longe o carro, e dizia o Milico, o Milico está chegando, seus pais e irmãos colocaram o mesmo apelido do padrinho.

BASE – Começou nas categorias de base do Atlético Paranavaí, na época do técnico e coordenador Izalino Fachin, disputou o Paranaense de Futebol Menor tendo sido destaque, em 1979 disputou o Paranaense Juvenil e em 1980 já figurava no banco de suplentes, e entrava de vez em quando em jogos.

O primeiro título na categoria Profissional foi em 1983 pelo ACP, Segunda Divisão em Curitiba, partida extra contra União da Vitória, vitória por 1 a 0, gol aos 40 minutos do segundo tempo através de Escurinho (gordinho era do Grêmio Maringá).

O futebol me causou três lesões sérias, tenho três hérnias de disco, duas na lombar e uma no pescoço de tanto subir de cabeça, tenho desgastes nos quadris, secou o liquido e a cartilagem, tive que colocar próteses, estava ficando quase aleijado, não conseguia subir uma escada pequena. Fui obrigado a parar com o futebol e outros esportes, não posso correr, estou limitado a alguns exercícios. As próteses saíram mais caras, do que eu ganhei no futebol”.
Explicou Milico

Milico em tom de brincadeira, disse que foi expulso bem mais vezes que a quantidade de gols que marcou de cabeça (7 no total) em sua carreira.

O ACP na Terceira Divisão é uma vergonha para mim, eu sou acepê roxo, vou falar uma coisa, depois que deixaram o ACP nas mãos de terceiros acho um absurdo, Paranavaí é capaz de manter um time com gente nossa. Deixei de ir ao Estádio quando falaram que iam entregar o time nas mãos de forasteiros, eu falei parei, ia sempre, acompanhei na época do Nivaldo Mazzin, quando fomos campeões em 2007. Com o time nas mãos desta gente o time só caiu, da Primeira para a Segunda e agora para a Terceira Divisão, só falta ter a Quarta Divisão, mas não tem, devia ter”.
Comentou o ex-zagueiro do ACP