Andrés ainda crê em acordo do Corinthians para quitação da Arena: “Tenham calma”

O ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez ainda acredita em um acordo do clube com a Caixa Econômica Federal para a quitação do financiamento da Neo Química Arena.

Na última semana, o banco recusou uma proposta que foi apresentada em novembro do ano passado.

A intenção do clube era pagar pouco mais de R$ 531 milhões para zerar os débitos do estádio, oferecendo R$ 356 milhões do acordo com a Hypera Pharma pelo naming rights do estádio. O restante, cerca de R$ 175 milhões, seria composto pela compra, com 90% de desconto, de dívidas que o banco teria que pagar a terceiros no longo prazo.

Apesar da resposta negativa da Caixa, Andrés afirmou que ainda acredita no fim da dívida do Corinthians com o banco e o pagamento total do estádio. O dirigente sempre foi o principal articulador das negociações do clube com o banco. Agora, no entanto, Andrés não faz mais parte da atual diretoria.

Tenham calma. As negociações não são simples, mas contínuas. Fazer o estádio foi difícil, pagar também. Vender o nome da Arena? Também. Fazer acordo com a Odebrecht, também. Tudo foi resolvido com o tempo. Calma, tudo será resolvido”.

escreveu o ex-presidente

Em comunicado emitido em 19 de novembro, o Corinthians falou que o acordo estava “encaminhado”. Havia expectativa de que o acerto fosse celebrado ainda em 2023, o que não ocorreu.

Ao assumir o cargo de presidente do Corinthians em janeiro, Augusto Melo não acreditava em um acordo e via a proposta como uma manobra eleitoreira em busca da eleição do grupo que tem Andrés Sanchez como um dos líderes.

Perdi a eleição (de 2020) por alguns votos depois que anunciaram a venda dos naming rights. Agora tentaram (a quitação) com a Caixa e sabíamos que era impossível. Fui chamado de Pinóquio e vamos provar quem é Pinóquio”.

Disse Andrés

Ele (Andrés Sanchez) disse que mudaria de nome se não quitasse a arena até o dia 31. Vocês têm que cobrá-lo sobre mudar de nome”.
 

disse augusto

Andrés Sanchez rebateu o atual mandatário do Corinthians, afirmando que o acordo seria celebrado ainda em janeiro.

Este mês fecha. Fiquem tranquilos, ele vai se beneficiar e muito. E nunca falei que mudaria o meu nome, só disse que vai fechar, mas tem o tempo dos órgãos. O tempo vai dizer quem é o Pinóquio”.

falou o ex

ge procurou o Corinthians, mas o clube não irá se manifestar sobre as declarações do ex-presidente.

Qual era a proposta do Corinthians?

A proposta feita pelo Corinthians foi apresentada ao banco no início de novembro. A intenção do clube era pagar pouco mais de R$ 531 milhões para zerar os débitos do estádio, oferecendo R$ 356 milhões do acordo com a Hypera Pharma pelo naming rights do estádio.

O restante, cerca de R$ 175 milhões, seria composto pela compra, com 90% de desconto, de dívidas que o banco teria que pagar a terceiros no longo prazo. A base da proposta está nesses títulos, chamados de precatórios (

Segundo a Caixa, o Corinthians não pode usar o dinheiro vindo da venda dos naming rights por ele pertencer à Arena Fundo de Investimento Imobiliário, responsável pelo pagamento do estádio. Além disso, há um entendimento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de que o montante não pode ser destinado a este fim.

O banco afirmou ainda que os recursos do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) também não servem para a quitação do estádio.

Ao longo de 2023, por exemplo, o Timão repassou quase R$ 100 milhões ao banco só de juros. No acordo atual, o valor principal, que vai de fato abater a dívida e passa dos R$ 600 milhões, só começa a ser pago em 2025.

A renegociação corria em paralelo à intenção do Corinthians, ainda sob a gestão de Duilio Monteiro Alves, de oferecer ao mercado 49% da Neo Química Arena. O clube pretendia vender cotas de fundo imobiliário, seja para um investidor de maior peso ou de forma pulverizada na Bolsa de Valores.

Fonte – GE/SP

Foto – Meu Timão

Paranavaí 14 de fevereiro de 2024