Morando em Londres, “Toninho Negrão” jogou pelo PAC e ACP
Nascido em Santa Cruz de Monte Castelo/PR, o zagueiro Antônio Carlos Negrão Lourenço, “Toninho Negrão”, 41 anos, teve o prazer em vestir as camisas dos dois times profissionais de Paranavaí, desde 2005 ele reside com a família em Londres.
Toninho veio para Paranavaí com 17 para 18 anos (1998) atuou pela categoria Juniores do Paranavaí Atlético Clube onde profissionalizou-se em 1999, tendo com técnico Silas Sanches. No ano 2000 transferiu-se para o elenco do Atlético Clube Paranavaí que era treinado por Itamar Belasalmas. No ano 2001, teve uma contusão séria na coxa (rompeu o adutor) e abandonou o futebol.
Em Londres, hoje mora no bairro Abbey Wood, trabalha com sua Van delivery na empresa multinacional DHL, realizando entregas, diz que hoje está compensando muito, devido a pandemia. Na terra da Rainha, ele trabalhou em restaurante italiano por um dia, segurou placas, por um ano entregou panfletos e fez depósitos bancários para uma empresa brasileira (Money Transfers) e por oito anos trabalhou em empresa do setor de limpeza.
Lembra dos tempos que jogou em Paranavaí de Reinaldo Alexandre, Robão e Chicletão, disse que tem muito respeito e admiração por eles. No PAC recorda de Miranda (hoje no São Paulo), que apesar de mais jovem (era juvenil) formaram zaga em vários treinos. O monte-castelense disse que quando jogava pesava 89 quilos, hoje praticando pouco esporte pesa 140 quilos. No sábado, 24/04, ele participou de um jogo de futebol society com alguns amigos da empresa DHL.
Toninho (1,91m) é casado com Gracieli, tem os filhos Pedro Felipe (18 anos, 1,95m gosta de jogar basquetebol) e Helena (8 anos).
Jogava em equipes de futebol suíço de Santa Cruz de Monte Castelo, trabalhava em um mercado da família, quando meu irmão Júnior Negrão que fazia Faculdade de Enfermagem em Paranavaí, que conhecia o Guilherme Santana (diretor do PAC), falou sobre mim a ele, que eu era grande (1,91m) e chutava forte, estes foram os detalhes que me credenciaram a vir fazer um teste. Vim e treinei primeiramente no campo do Frigorífico Central (Jardim São Jorge) junto com o juvenil e profissional. O pessoal da comissão técnica gostou e fiquei. Aqui conheci uns atletas maravilhosos. Para ter uma ideia, em Londres e que fui conhecer (não usar) drogas, o pessoal falava, mas você jogou futebol e tem tanto dessas coisas no meio, eu respondi que na nossa turma não, foi um aprendizado grande, gente humilde e pessoas de sangue bom, isso me ajudou muito. Tive uma boa educação de meus pais, mas no PAC era uma turma do bem, que queria vencer no futebol. Agradeço de coração a todos (Guilherme, Silas, Dito, Nico e outros). Tive o prazer de atuar ao lado do nosso zagueiro Miranda, alguns vingaram outros não, mas valeu a pena minha passagem por Paranavaí”.
Disse Toninho
Quanto ao Atlético Clube Paranavaí no Campeonato Paranaense de Futebol da Terceira Divisão, Toninho deu a seguinte opinião.
É dolorido ver o time nesta Divisão, Paranavaí é uma cidade boa, tem um ótimo estádio, dá dó em saber. Merecida estar brigando para voltar à Primeira Divisão. Gosto de Paranavaí pois creio que fiz parte da história do futebol atuando pelo ACP e PAC, se voltar ao Brasil pretendo morar
Opinou o ex-zagueiro
Quando chegou em Londres, Toninho atuou em uns quatro jogos do time Brazilians com Paulo Sérgio (Fluminense/Corinthians). Após em amistosos nos finais de semana em campos de grama sintética com brasileiros, somalianos e ingleses da empresa DHL. Hoje com os joelhos e o tendão de Aquiles operados fica complicado jogar, segundo ele.
FATOS PITORESCOS
Toninho Negrão narrou alguns fatos pitorescos que aconteceram quando esteve em Paranavaí, que valem a pena o site avelaresporetes.com divulgar.
Nosso goleiro Alex em amistoso foi cobrar o tiro de meta, um, atleta do Umuarama, entrou na frente para atrapalhar e fazer cera, ele deu uns tapas no atacante, aí a confusão foi generalizada (entraram reservas, massagistas) eu estava no banco, não sabia se entrava na briga ou corria para o vestiário. Fiquei no meio de campo olhando, um companheiro meu o Wagner Trombada estava do meu lado, chegou o zagueiro do Umuarama com quase 10 centímetros mais que eu, armado para dar no Wagner, eu disse à ele calma, calma, não tem Jesus no coração, o zagueiro não quis saber e desceu-lhe o braço no Trombada saiu correndo para o vestiário, se não teria levado mais socos”.
Falou Toninho Negrão
Outro fato foi. Uma vez estávamos indo para um amistoso acho que é Formosa do Oeste, e o nosso motorista que dirigia o Trovão Azul (ônibus) não sei se dormiu ou deu uma cochilada, passou um caminhão canavieiro e saiu rasgando a lateral do nosso ônibus, foi um grande susto no grupo.
Fato engraçado e até bizarro. Nossa alimentação no PAC era fraca, arroz, feijão e carne algumas vezes. O feijão era pouco e para render, e uns comerem os grãos e outros o caldo, o mesmo era batido no liquidificador para render e todos comerem por igual. Em dias de jogos a gente comia bem. Lembro uma vez em Cascavel, na hora do almoço a diretoria descuidou e nós comemos um pouco mais (tinha rodízio de carnes) e entramos firmes, na hora do jogo alguns passaram mal. Lembro que iniciou o jogo, um frio danado, a saída da bola era nossa, a perdemos e não deu um minuto sofremos o gol (aos 45 segundos), nunca havia vivido algo igual, sair com a bola e sofrer o gol com essa rapidez”.
Finalizou Antônio Carlos, hoje morando em Londres
Paranavaí 25/04/2021