Aprovado em testes no Flamengo/RJ e Botafogo/SP, Lê teve até o cantor Zé Rico como fã

Hoje com 44 anos, o comerciante no ramo de farmácia em Terra Rica onde nasceu, Leandro Martin de Souza começou no futsal em 1981, ainda jovem foi aprovado em testes de avaliação realizados no Flamengo/RJ e Botafogo de Ribeirão Preto/SP, acabou não ficando, voltou para o Paraná e jogou profissionalmente no Londrina Esporte Clube onde parou em 1998, o cantor Zé Rico se dizia seu .

Zé Rico lustrando a chuteira de Lê após jogo de futebol suíço

José Alves dos Santos, chamado de José Rico, nasceu em 29 de junho de 1946. Ele era pernambucano de São José do Belmonte. Apesar de ser de Pernambuco ele morou na infância em Terra Rica/PR. Mais tarde, registrou em cartório uma mudança no nome: passou a se chamar José Rico Alves dos Santos, em homenagem à cidade paranaense. Zé Rico quis levar Lê para o São Paulo, Lê não quis.

O atleta que atuava pela meia direita, em 1990 fez testes por aproximadamente 120 dias no Rio de Janeiro e Ribeiro Preto. Em 1988 fez testes no Paraná Clube.

No Londrina, em jogo no Rio Grande do Sul, ficou em 3º na Taça Santiago

jogou em cinco equipes, e já passou por três cirurgias no joelho, parou de jogar em 1998 no Londrina, segundo ele por falta de paciência, estava com 23 anos. No futsal jogou desde os seis anos na equipe Terra Rica FC, teve uma passagem pela Farmácia São Lucas de Paranavaí.

Terra Rica FC

Sobre o esporte atualmente em Terra Rica, vê apoio para o futebol, e torce que outras modalidades tenham mais apoio. No tempo dele, as inscrições para as competições eram mais procuradas pelos jovens.

é reconhecido por muitos em Terra Rica como um dos melhores atletas que por lá surgiu.

Em 2019 ajudou Diego Vitoriano (atleta do Taekwondo) carregar a tocha olímpica da fase Regional dos Jogos Abertos do PR

É muito gratificante ser reconhecido como um dos melhores, eu era fanático pelo que fazia, e sempre procurava fazer o meu melhor”.

Falou Leandro (Lê)
Lê e Alemão no Londrina

Eu morava ao lado do Lê, era vizinho. Quando pequeno me lembro que sempre o esperava chegar dos times em que jogava para bater bola comigo na área da minha casa. Foi o maior/melhor jogador que vi na minha vida. O Lê era aquele atleta que você pagava o ingresso só pra ver ele jogar. Craque na concepção máxima da palavra! Um jogador imprevisível, habilidoso, finalizava com precisão e gostava muito de dar assistências para os atacantes na cara do gol. Vejo tanto jogador mediano prosperar no futebol profissional e quando me recordo dele percebo o quanto poderia ter sido grande na carreira. Me emocionei ano passado no Jogos Abertos, quando ele carregou a Tocha Olímpica. Enfim, era de outro patamar e além de tudo sempre humilde e prestativo com quem o admirava”.

Falou Kalunga Azoia (diretor de Esportes de Terra Rica)
Kalunga

FATO INUSITADO – Em 1998, jogando pela equipe Auto Peças São Paulo no jogo de volta da final contra o Bairro São Carlos, pelo Campeonato Amador de Futebol de Terra Rica, com vários times qualificados, o time de Lê havia perdido o primeiro jogo. No jogo de volta, debaixo de muita chuva seu time começou perdendo, aos 25 minutos do primeiro tempo ele driblou quatro atletas, recebeu falta, cobrou e empatou. Na prorrogação, o empate favorecia o adversário. Aos 14 minutos do segundo tempo, Lê pegou a bola driblou e lançou a bola para o ponta-esquerda, que também driblou e cruzou, o zagueiro rebateu e a bola sobrou no peito de Lê, que cortou para a direita e chutou na gaveta aos 14m30. Antes do gol, o locutor da Rádio que transmitia a final já estava dizendo para a equipe do Bairro São Carlos acender a churrasqueira e começar a assar a carne, pois o título já estava conquistado.

Eufórica e alegre a torcida derrubou o alambrado do Estádio e invadiu campo, pegaram Lê no meio de campo, ele teve que tirar e presentear os torcedores com a camisa, o calção, os meiões e as caneleiras, só ficou de cueca.

Agradeço ao Nivaldo Mazzin, da São Lucas (disputei dois Paranaenses de Futsal), pois lá muitas portas se abriram para mim. Tive convites do Internacional e do Fluminense. Creio que se tivesse ficado no Flamengo teria feito uma carreira promissora. O atleta tem que pensar em realizar seus sonhos, faltou insistência de minha parte”.

Completou Lê

Paranavaí 14/06/2020