Repercussão de evento de Neymar aumenta antipatia internacional sobre o craque. Em que mundo ele vive?

A bomba explodiu na coluna de Ancelmo Gois, em O Globo, e ninguém do estafe de Neymar se apressou em desmentir. Como cautela e canja de galinha não fazem mal, este blog esperou um pouco mais antes da publicação desta crítica.

Veio, então, um desmentido da assessoria no domingo, 27/12, à tarde, seguido por notas de informação com confirmações de presenças de artistas como Wesley Safadão e Ludmilla e textos citando a Agência Fábrica, organizadora do evento, admitindo 150 convidados.

Neymar faz todo o tipo de ação por suas redes sociais. Mas não confirma, não desmente, não se manifesta sobre a festa nem sobre as razões de a estar promovendo.

Há relatos de moradores de Mangaratiba incomodados com o evento. A repercussão negativa não é apenas local. É internacional: “Buffera Neymar!” Numa tradução livre, seria a tempestade de Neymar.

Neymar jogou muito bem em 2020 depois de vir a Mangaratiba para se condicionar tecnicamente. Esteve perto de ganhar a Champions League. Jogou muito! E, mesmo assim, não angariou a simpatia de mais de sete eleitores para ser o melhor do mundo. Ficou em nono lugar, numa votação entre seus próprios colegas. Isto tem a ver com a imagem adolescente que Neymar faz questão de exaltar.

A Organização Mundial da Saúde indica que não deve haver reuniões com mais de dez pessoas. Neymar dá uma festa para 500… ou “apenas” 150! Seu cuidado na pandemia é evitar celulares, para que fotos não vazem.

Neymar pode ser o melhor do mundo, mas só do seu mundo à parte. Se Neymar tem motivo para festejar, seria bom saber qual. Festejamos as 192 mil vidas perdidas? O prêmio de Lewandowski? Ou a antipatia internacional aparente pela matéria de La Gazzetta dello Sport?

Em outros tempos, publicações internacionais questionavam: “De que planeta você vem, Garrincha?”

Hoje, pergunta-se em que mundo vive Neymar.

Fonte – ge (Rio de Janeiro)

Foto – Gazzetta Dello Sport

Paranavaí 28/12/2020