Pior ataque e colado no Z-4, Athletico PR repete erros e precisa de soluções com urgência

Um novo tropeço do Athletico PR já seria suficiente para ligar o alerta. Mas uma análise dos números mostra que a situação é ainda mais preocupante. Com o 0 a 0 diante do Ceará, na quinta-feira, 8 de outubro, o Furacão tem pior ataque da Série A (míseros 10 gols) e a mesma pontuação do primeiro time do Z-4.

A equipe de Eduardo Barros mostrou muita passividade e pouca pontaria e ficou no empate sem gols com o Vozão na noite de quinta-feira, na Arena da Baixada. O Furacão é o 12° colocado, com 15 pontos, dentro da zona de classificação para a Sul-Americana.

O Athletico, porém, só fica na frente do Botafogo, que abre a zona de rebaixamento, pelos critérios de desempate. Ou seja, um tropeço diante do Internacional, na próxima rodada, pode fazer o Athletico despencar na tabela de classificação e entrar no Z-4.

Essa posição sempre incomoda. Nós vamos reunir todos os nossos esforços para sairmos dessa zona e melhorarmos nossa pontuação o quanto antes”.

Admitiu o técnico Eduardo Barros
Técnico Eduardo Barros

Eduardo Barros poupou praticamente todos os titulares contra o Flamengo para que o Athletico estivesse 100% diante do Ceará. Mas o Furacão começou em ritmo lento, deu campo ao adversário e levou sustos – Jandrei salvou, e a bola ainda tocou na trave.

O Athletico teve uma ligeira melhora na etapa final (piorar era difícil), mas os erros persistiam: lentidão na transição, cruzamentos em excesso e finalizações sem pontaria. Tanto que o Ceará teve a melhor chance – assim como já tinha sido no primeiro tempo. Dessa vez, Abner salvou.

Com apenas 10 gols em 13 jogos, o Athletico tem – ao lado do Coritiba – o pior ataque do Brasileirão. As atuações contra Jorge Wilstermann (pela Libertadores) e Ceará evidenciam a carência do Furacão na frente. E Eduardo Barros mostrou preocupação com o ataque.

Talvez seja o principal problema. Estamos atentos a este dado. Estamos trabalhando bastante no nosso dia a dia. Estamos procurando N alternativas. Contamos com o Kayzer há pouquíssimo tempo. O Nikão está fora de combate. E também não podemos contar com o Vitor (Vitinho), que tinha números ofensivos muito expressivos. Então, claro que isso influencia e tem repercutido no nosso baixo número de gols”.

Falou Eduardo

O Athletico tem peças que podem elevar o nível do meio para frente. Ravanelli, por exemplo, tem mostrado mais do que Jorginho. Ele, porém, só entrou aos 40 do segundo tempo. Geuvânio e até Walter também podem entregar mais do que Fabinho.

Nesse cenário, o Athletico precisa encontrar soluções com urgência. No domingo, 11 de outubro já tem Internacional. Na quarta-feira, 14 de outubro, o Corinthians. No sábado, 17 de outubro o Atlético-GO. E, na outra terça-feira, 20 de outubro o Peñarol.

Eduardo Barros precisa ter criatividade e maturidade para solucionar esses problemas. E não é colocando Ravanelli aos 40 minutos do segundo tempo que ele vai conseguir isso.

O próximo compromisso do Athletico, portanto, será contra o Internacional. O jogo da 15ª rodada do Campeonato Brasileiro está marcado para 20h30 de domingo, no Beira-Rio.

Para essa partida, o Furacão contará com Christian, que volta de suspensão, mas não terá Wellington, que fica fora justamente pelo terceiro amarelo. Santos segue com a Seleção, e Nikão, em recuperação.

Fonte – ge Curitiba (Fernando Freire

Foto – Matheus Sebenello (Neo Photo)

Paranavaí 09/10/2020