Separados por 20 anos, Dorival e Barroca fazem duelo de gerações e tentam consolidar trabalhos

Dorival Junior e Eduardo Barroca fazem um duelo de gerações neste domingo, 2 de agosto, no Atletiba da decisão do Campeonato Paranaense de Futebol 2020.

O treinador do Athletico tem 58 anos de idade e quase 20 de carreira. E o comandante do Coritiba tem só 38 anos de idade e dois como técnico de um time principal.

O primeiro Atletiba está marcado para domingo, às 16 horas, na Arena da Baixada, em Curitiba. A finalíssima será na quarta-feira, 5 de agosto, às 20 horas, no Estádio Couto Pereira.

Apesar dessa diferença de 20 anos, eles sabem a importância de um clássico, ainda mais em final de campeonato. O resultado pode afetar – para o bem ou para o mal – o trabalho de um técnico.

Um título sobre o maior rival pode consolidar um projeto (ainda que inicial) e dar confiança de olho na sequência da temporada. O Athletico terá Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil pela frente. E o Coritiba jogará a Série A depois de dois anos na Segunda Divisão.

Por outro lado, perder um Atletiba decisivo pode provocar dúvidas sobre o trabalho e mudanças forçadas às vésperas das principais competições. Ou seja, mesmo que o Estadual tenha perdido valor de uns anos para cá, um clássico torna tudo especial. É, como dizem, um campeonato à parte.

Dorival Júnior chega para o clássico com um trabalho em evolução. São duas vitórias e dois empates desde a retomada do futebol, com atuações de destaque contra Londrina (5 a 0) e FC Cascavel (5 a 1). Ao todo, o treinador tem 60% no comando rubro-negro.

Dorival já tem uma carreira consolidada, com 20 clubes no currículo, como Santos, São Paulo e o próprio Coritiba (em 2008). Mas ele esteve afastado do futebol por um ano, em 2019, para tratar um câncer. O título, portanto, representaria essa volta por cima para o treinador.

Dorival

Temos uma equipe capacitada, que vem evoluindo. Uma equipe que vem adquirindo um ritmo que todos nós queremos. Ainda não é o ideal, mas tem feito jogos que nos passam muita confiança. É questão de mantermos tudo isso e buscar melhorar ainda mais”.

Disse Dorival

Eduardo Barroca tem uma história mais curta na profissão. Após construir praticamente toda carreira nas categorias de base, ele está apenas no seu terceiro clube. Antes de chegar ao Coxa, só tinha trabalhado no Botafogo (27 jogos) e no Atlético-GO (nove jogos). Os números à frente do Coritiba são positivos, apesar da eliminação logo na primeira fase da Copa do Brasil. O treinador soma 11 vitórias, três empates e duas derrotas, o que representa 75% – Dorival tem 60% (contando a Supercopa do Brasil e a Libertadores, vale destacar).

Não tenho a menor dúvida de que vão ser dois grandes jogos. Obviamente, vai ser um adversário duro, mas eu tenho confiança grande de que a gente pode fazer dois grandes jogos e, quem sabe aí, conseguir nosso objetivo, que é ser campeão”

Avalia Eduardo

Dorival já tem nove títulos, com destaque para a Copa do Brasil de 2010 pelo Santos. Barroca tenta a primeira conquista na carreira.

Apesar dos 20 anos de diferença, Dorival e Barroca têm estilos e ideias semelhantes. Ambos variam entre o 4-1-4-1 e o 4-2-3-1, priorizam a posse de bola e apostam na intensidade. E, para o primeiro jogo da final, eles não devem promover surpresas nas escalações.

Fonte – Fernando Freire e Monique Silva (Ge/Curitiba)

Paranavaí 31/07/2020