Em um ano, Fluminense e Vasco somam mais de R$ 7 milhões em prejuízo sem bilheteria

Fluminense e Vasco se enfrentam nesta terça-feira, 30 de março, às 21h35, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, no único clássico durante o decreto de 10 dias no Rio de Janeiro – o que fez a Ferj levar os jogos do Campeonato Estadual para o interior.

Partida que marca, um ano e 15 dias depois, o reencontro justamente dos rivais do primeiro clássico carioca sem público na pandemia da Covid-19.

Maracanã

Naquela altura, jogar sem público já não era novidade para Fluminense e Vasco. Na final da Taça Guanabara de 2019, por conta das divergências entre os clubes para definir qual torcida ocuparia o Setor Sul do Maracanã, a Justiça determinou que o clássico fosse realizado sem torcida. Mas, com uma confusão generalizada entre torcedores e a polícia do lado de fora, os portões foram abertos na parte final do primeiro tempo, e 29 mil pessoas entraram no estádio.

Em 2020, não havia tumulto do lado de fora. Com os primeiros casos da Covid-19 no Brasil, aglomerações já estavam proibidas. Em campo, o Fluminense levou a melhor e venceu por 2 a 0, com gols de Evanilson e Pacheco. Mas o jogo dividiu as atenções com os protestos dos jogadores, com os ecos das arquibancadas vazias e com os receios da chegada da pandemia (veja no vídeo abaixo a reportagem da partida no Globo Esporte do dia seguinte).

São Januário

Mais de R$ 7 milhões de prejuízo

Aquela foi a última rodada antes da paralisação do futebol no Brasil. Quando a bola voltou a rolar três meses depois, os jogos com portões fechados passaram a ser uma dura realidade de todos os clubes do país. E sem as receitas de bilheteria, que normalmente cobriam os custos operacionais, as partidas começaram a dar prejuízo. No caso de Fluminense e Vasco, o rombo somado ultrapassa os R$ 7 milhões.

De lá para cá, o Vasco disputou 28 jogos com o mando de campo e teve dois como visitante contra as equipes de menor expressão no atual Carioca – nessas partidas, o clube grande deve assumir parte das despesas como está previsto em regulamento. Com 93% desses compromissos em São Januário, o Cruz-Maltino acumulou um prejuízo de R$ 2.127.712,54 (veja na lista abaixo), valor bem próximo dos R$ 2,5 milhões da atual folha salarial do elenco por mês.

Por sua vez, o Fluminense, que assumiu os custos daquele primeiro clássico com portões fechados para mantê-lo no Maracanã – o Vasco queria levá-lo para São Januário –, teve mais do que o dobro do prejuízo do rival. Muito em função das taxas mais altas do estádio, onde o Tricolor disputou 70% dos 34 jogos desde então (30 como mandante e quatro como visitante com despesas), o rombo foi de R$ 5.348.450,78.

Fonte – ge (Rio de Janeiro)

Fotos – Lucas Merçon (Fluminense) e Hector Werlang

Paranavaí 30/03/2021