Morte de Maradona: juiz livra médico de prisão por homicídio culposo, diz jornal

O juiz de garantias de San Isidro, Orlando Díaz, livrou o médico Leopoldo Luque da possibilidade de prisão por homicídio culposo na investigação que apura a morte de Diego Maradona, ocorrida no último dia 25 de novembro. A informação é do jornal Clarín.

Segundo o veículo, o magistrado endossou, portanto, a defesa de Luque, apresentada na última segunda. Os advogados do médico responsabilizaram outros profissionais, a família do ídolo argentino e o próprio Maradona.

Luque e Diego

Leopoldo Luque, de 39 anos, é neurocirurgião e era médico particular de Maradona desde 2016. Ele foi o responsável pela cirurgia realizada para drenar uma pequena hemorragia no cérebro do craque argentino há um mês. O médico foi acusado formalmente pelo Ministério Público e teve celulares e computadores apreendidos para a investigação.

Luque se manifestou em entrevista no último domingo e se eximiu de culpa. Na defesa apresentada por seus advogados, o médico afirma que esteve três vezes na residência onde Maradona se recuperava da cirurgia e reiterou que “ninguém poderia imaginar que seu coração falharia repentinamente”.

A denúncia do Ministério Pública acusava Leopoldo e a psiquiatra Agustina Cosachov de “abandono seguido de morte”, cuja pena poderia variar entre cinco a 15 anos de prisão, em caso de condenação. Ambos seriam os responsáveis pela estrutura médica domiciliar de Diego Maradona, que apresentou falhas, segundo a investigação da Justiça.

Segundo o Clarín, novas buscas foram feitas na sexta-feira, 4/12, nas casas e consultórios de Luque e Cosachov a pedido dos promotores do caso. No entanto, de acordo com o jornal, os oficiais apenas leram os direitos dos dois acusados e reforçaram que ainda não há evidências para a abertura de um inquérito.

Fonte – ge (Buenos Aires)

Fotos – EFE/Enrique Garcia Medina

Paranavaí 05/12/2020