“Luís Bike Home” visita novamente Paranavaí

Desde 2014 praticando o cicloturismo pelo Brasil, Luís Henrique Romera, paulista de Santa Bárbara do Oeste, 33 anos, solteiro, esteve em Paranavaí em julho de 2020, retornou à capital da laranja na quarta-feira, 20 de maio.

Gostei muito daqui, e pretendia voltar, ia fazer uma rota até Rondônia, mas como por lá tem muitas montanhas, morro e muito calor, resolvi repetir parte do roteiro, e ir até Barra do Quaraí (ao lado de Uruguaiana/RS) ida e volta até Santa Bárbara devo pedalar uns 2 mil km”.

Disse Luís
Luís chegou à Paranavaí na quinta, 20/5

Antes ele trabalhou como servente de pedreiro na região de Campinas/SP. O primeiro longão dele foi de Santa Bárbara até Maldonado (Uruguai) mais de 2.600 km, pedalando sem pedir carona. Tem se orientado pelo Google.

Eu gosto muito do ciclismo, de aventura, turismo, para mim é uma liberdade. Pretendo pedalar até uns 50 anos”.

Falou o paulista
Costuma pedalar 60 km por dia

Luís usa uma bicicleta cargueira antiga, com um reboque, onde carrega no máximo 100 quilos. Nos compartimentos do reboque tem pneus, câmaras de ar, roupas, rede para dormir, barraca (inclusive está precisando, pois, a antiga voou e enroscou em uma cerca de arame farpado e rascou toda), colchonete, produtos de higiene e limpeza, água e uma mini cozinha (fogareiro). Não tem patrocínios, vai na fé, apoios e ajudas. Na quinta-feira, 20/05, em Paranavaí, ganhou refeição no Restaurante Jangada II, localizado no Posto Laranjão.

As pessoas me ajudam nas estradas, nunca passei fome, do Paraná para baixo (Sul) tem muitas pessoas que gostam de ajudar, de São Paulo para cima é meio difícil”.

Continuou Luís

Começa a pedalar às 5 horas, da uma pausa para o almoço e pedala até às 16 horas, costuma fazer uns 60 km por dia. Dorme em barraca, em marquise de posto, ou em rede, sempre em Postos de combustíveis, não entra nas cidades para dormir (só nas rodovias).

No meu caso como ciclo viajante eu tenho quase 100% de imunidade, comparando com as pessoas das cidades. Nunca peguei a Covid. Só quando tomei a vacina da gripe, é que fiquei ruim, foram 15 dias em uma rede em uma Igreja de Santa Catarina, o que me curou foi o chimarrão”.

Relatou o cicloviajante
Refeição foi no Restaurante Jangada II

Luís agradece à Deus por nunca ter sido assaltado, nem recebido ameaças pelas estradas em que pedala.

Ao Diário do Noroeste, Luís relatou.

Não ter medo nas viagens, mas que já passou alguns perrengues. Cita que certa vez em uma descida, o pneu de uma carreta que passava a seu lado estourou e quase o atingiu. Também já levou fechadas de caminhoneiros no acostamento. O último perigo foi perto de Mandaguaçu. Ele relata que o sol atrapalhou sua visão e para não bater em uma placa de retorno, acabou capotando sua bicicleta na pista de rolamento (BR-376). segundo ele um caminhoneiro que vinha logo atrás usou seu caminhão com escudo (atravessando o veículo na pista) para que não fosse atropelado.

Após Paranavaí vai para Quatro Marcos, onde descansa no final de semana, depois começa a rota até Foz do Iguaçu. O retorno à Santa Bárbara do Oeste deve acontecer no fim de 2022.

Para seguir Luís, no Facebook a página é luisbikehome, onde tem vídeos e fotos por onde tem passado.

Paranavaí 21/05/2021