Ex-zagueiro do Corinthians vira assessor de investimentos e sócio de empresa que gere R$ 70 bilhões
A questão financeira é um dos pontos mais críticos da vida de um ex-jogador de futebol. Os poucos que conseguem acumular fortuna ao longo da carreira sofrem para conseguir manter o padrão de vida ou até mesmo administrar o dinheiro para evitar perder tudo o que foi conquistado.
William Machado é um exemplo de boa administração e gestão financeira depois da aposentadoria do futebol. Atualmente com 48 anos, o ex-zagueiro com passagens por Cruzeiro, Grêmio e Corinthians atua como assessor de investimentos, sendo sócio de uma das maiores empresas do seguimento, controlando a gestão de mais de R$ 70 bilhões de 50 mil clientes do Brasil e do mundo.
A escolha pelo mercado financeiro começou ainda durante a carreira, quando cursava paralelamente a faculdade de Ciências Contábeis. Depois da aposentadoria e experiências como gerente de futebol do Santos e comentarista de televisão, William passou a apostar na carreira de assessor financeiro.
– Quando comecei a ganhar um pouco mais de dinheiro, me vi ali no momento de como vou investir. E eu não tinha muito conhecimento, não tinha quem me auxiliasse, ou pelo menos quem eu confiasse que queria realmente me ajudar, porque o meu recurso estava no mercado financeiro, estava em bancos, em grandes instituições, mas já tinha um conhecimento, até por ter estudado ciências contábeis, de como funcionava mais ou menos o modelo de banco. Queria o melhor para potencializar o meu patrimônio. Eu já sabia o que não era bom, mas não sabia o que era bom.
– E o que fiz foi ser bastante conservador e estudar durante a minha carreira, principalmente no Corinthians, tive a oportunidade de conhecer muita gente do mercado financeiro em São Paulo, e isso me abriu os olhos para várias coisas. E ali, também acompanhando a carreira de vários atletas, ídolos no passado, que eu via ter um sucesso, e daqui a pouco matérias e reportagens sobre ter perdido tudo, sobre estar quebrado, aquilo foi me dando uma sensação.
Primeiro, eu tenho a dificuldade que eles tiveram no passado. Segundo, talvez tenha um pouco mais de conhecimento, quero aprender mais. E o terceiro, força motriz, gostaria de fazer alguma coisa no pós-carreira, que tivesse atrelado também com o esporte, mas que tivesse também um propósito. Eu era criança e queria ser jogador de futebol, conseguir alcançar esse sonho.
A empresa em que William é sócio, a Fami Capital, tornou-se uma das maiores do segmento no Brasil, empregando mais de 600 funcionários e ajudando de ex-jogadores, famosos a qualquer pessoa que busque fazer investimentos. É a partir da experiência no futebol que o ex-jogador tenta ajudar os colegas de profissão a administrar o dinheiro.
Esses R$ 70 bilhões são recursos, patrimônio financeiro dos nossos clientes que estão hoje sob a nossa gestão, administração. Um multi-family office em Miami, que hoje faz a gestão mais ou menos de uns R$ 10 bilhões lá fora, basicamente de brasileiros. Então, se o cliente tem um patrimônio que a gente entenda que faça sentido ele ter uma parte lá fora ou se ele já tem, a gente consegue fazer essa gestão.
– A gente tem aqui no Brasil também distribuídos as diversas classes de ativos, pode estar num fundo multimercado, pode estar em CDBs, quer dizer, vai estar onde aquele perfil de cliente direciona. O cliente é mais conservador, vai estar mais em algumas classes. Ele é mais arrojado, com certeza ele vai ter ações, ações A, B, C. Então, está distribuído, digamos assim, esses R$ 70 bilhões nas diversas classes de ativos no Brasil e fora do Brasil – explica William.
A empresa em que William é um dos sócios possui 13 unidades no Brasil, além de uma filial em Miami, nos Estados Unidos. Entre os clientes famosos está o ator Murilo Benício.
Fonte – Emilio Botta — ge/São Paulo
Fotos – Reprodução/TV Globo e Instagram
Paranavaí 11 de fevereiro de 2025